sábado, 2 de janeiro de 2016

"Liberdade e Equilíbrio"


                                                        Legenda:
                                                                      Artista: Mary Vieira
                        Data: 1982
        Local:   Praça Rio Branco - Centro.
              Fonte: bhsobrepontos.blogspot.com Acesso em: 09/11/2014

'Liberdade e equilíbrio', uma das peças importantes de Mary Vieira, localizada na Praça Rio Branco, no Hipercentro. O Monovolume Liberdade e Equilíbrio foi constituído por dois pilares de 21,40 m, uma laje de 40 cm de espessura, e se ergue sobre uma base horizontal de 5, 30 m por 4,6 m, e executado pelo Departamento de Engenharia de Estruturas da E.E.U.F.M.G Construção Santa Bárbara Engenharia S/A Coordenação - Comissão Especial dos Rotary Clubs de Belo Horizonte […][1].
Conforme esclarece Rodrigues (2014, p. 5599 ) “a obra foi Inaugurada pelo Exmo. Sr. Dr. Maurício de Freitas Teixeira Campos, Prefeito da Cidade de Belo Horizonte, em 13 de maio de 1982.” A inauguração do monumento deu-se no momento em que o Brasil passava pelo processo de redemocratização, o que nos aponta explicações para o título da obra, Liberdade em equilíbrio.
Um cubo que se projeta no espaço em várias direções interpreta a atitude ética da gente mineira. A depuração da emotividade corresponde ao caráter e ao comportamento social do mineiro, sempre controlado, lúcido, sóbrio, mesmo nas situações mais dramáticas da vida social.
De acordo com o depoimento dado pela artista e, citado pelo autor, “a forma verticalizada do volume vazio associa-se sutilmente à retidão e à liberdade do espírito do povo ao qual o monumento foi dedicado, e afirma que a segurança e a certeza que este “monovolume” em espaços abertos sugere pode comparar-se à atitude firme, decidida e à inflexível vontade dos pioneiros mineiros”.
A obra de Mary Vieira foi objeto de discórdia no território da cidade. Para que ela fosse apresentada da forma como foi concebida pela artista, era necessária sua instalação sem que em seu entorno estivessem presentes árvores. No entanto, por pressão de populares, foram plantadas diversas árvores, tornando a praça menos árida. A sua obra permite leituras diversas (RODRIGUES, 2014 p. 5599).

A escultura encontra-se em perfeito equilíbrio dado pelo fator da simetria e da relação entre os espaços abertos e fechados. Sua organização formal se dá no diálogo entre os elementos na horizontalidade e verticalidade. Nessa obra, a forma é vista com muita clareza, o que permite, ao observador, as impressões causadas, do sentido de equilíbrio dinâmico.
Os recortes presentes na parte inferior do volume fechado, além de aliviarem o peso visual, estabelecem uma correspondência bastante expressiva com a mesma forma que o vazio produz. Gomes (2000 p. 59) esclarece que “a simetria é um equilíbrio axial que pode acontecer em um, ou mais de um eixo, nas posições: horizontal, vertical diagonal ou inclinada”. Para o autor, “é uma configuração que dá origem a formulações visuais iguais”.



[1] Informação disponível no texto: A cidade que conquista, disponível em www.belohorizonte.mg.gov.br

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