quinta-feira, 30 de abril de 2020

Marco em Homenagem ao Cinquentenário de Belo Horizonte



Legenda:
Artista:desconhecido
Data: 1947
Local: Av. Augusto de Lima esquina com a Rua da Bahia
Foto: Bruno Rivelli

O marco comemorativo constitui-se de uma placa de mármore de carrara, uma homenagem da família Lunardi ao cinquentenário de Belo Horizonte; constando os nomes do Governador do Estado Milton Campos, do Prefeito Otacílo Negrão de Lima e dos vereadores na data em que foi instituído.

Monumento Torre de Petróleo




Legenda:
Artista: Desconhecido
Data: 1958
Local: Praça Afonso Arinos
Foto: Bruno Rivelli

O monumento foi criado com tubos de ferro entrelaçados e erguido pelos estudantes de Direito da UFMG, em homenagem à Petrobrás, no dia 15 de agosto de 1958, por ocasião das comemorações do cinquentenário do Centro Acadêmico “Afonso Pena” – CAAP.

O CAAP foi fundado em 1908 e, desde então, atua em movimentos políticos e regionais defendendo os interesses estudantis, a democracia e a justiça. Em 1953, tornou-se um órgão representativo do corpo discente da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais - FDUFMG.

“O Petróleo é Nosso” foi um nos inúmeros eventos realizados pela FDUFMG, na comemoração do centro acadêmico, que culminou na construção da Torre de Petróleo.

O Anjo







Legenda:
Artista: José Pedrosa
Data: 1943
Local: Praça São Francisco de Assis - Pampulha
Fonte: Foto Ale Megale


Escultura idealizada pelo artista plástico José Pedrosa, em 1943, por solicitação pelo prefeito Jucelino Kubitchek e realizada por José Amâncio de Carvalho e inaugurada em 2003. A obra, em aço, mescla características de anjos e de pássaros.

"Irmão Sol, Irmã Lua”



Legenda:
Artista: Helena Netto
Data: 1996
Local: Praça São Francisco de Assis
Fonte: Foto Ale Megale



De acordo com Teixeira (2008, S/P), a “escultura formada por dois cones que se encontram na base e se complementam, lembrando um disco voador, [...], prenuncia uma nova era de paz”. Seu nome é uma homenagem da artista a São Francisco de Assis e à Santa Clara. 

De aço inox, a escultura é o resultado do diálogo entre espaços fechados e abertos que, apesar do peso, assumem um agradável aspecto de movimento e leveza. A obra contou com o patrocínio da Acessita e Irmãos Ayres e foi doada pela artista.

Monumento à Iemanjá - Portal da Memória



Legenda:
Artista: José Sinfronini de Freitas Castro e Jorge dos Anjos
Data: 2017
Local: Av. Otacílio Negrão de Lima - Próximo à Casa do Baile – Lagoa da Pampulha
Fonte: foto Ale Megale


O monumento à Iemanjá, a "Rainha do Mar" para os umbandistas, foi esculpido por José Sinfronini de Freitas Castro, em marmorite, mede 2 metros e pesa 500 kg. Foi inaugurado em 24 de abril de 1982, durante a primeira "Festa Estadual em Honra a São Jorge".

Já o Portal da Memória, foi inaugurado em 2007. A Prefeitura de Belo Horizonte contou com a colaboração de terreiros de matriz africana de Belo Horizonte, atuação conjunta entre poder público e a sociedade civil na construção das diretrizes que subsidiaram a intervenção. O monumento é uma homenagem às matrizes culturais africanas, que deixaram um exemplo de luta, conquistas e resistências para os belorizontinos.

O processo de recuperação reafirma valores fundamentais para a representação das características identitárias dos povos de matriz africana, expressão da resistência desses povos. 

Dizer escrito em uma placa próxima ao Portal da Memória: “Mesmo que o mar fosse de tinta e as ondas papel pautado, não seria suficiente para escrever os nomes de todos a serem exaltados”.

O Portal da Memória foi criado pelo artista Jorge dos Santos, projetado em aço, patrocinado pelo IEPHA/MG, sendo considerado Patrimônio Cultural de Belo Horizonte.

Figura Alada



Legenda:
Artista: José Alves Pedrosa
Data:1943
Local: Museu de Arte da Pampulha - MAP
Foto: Bruno Rivelli


Conforme BARBOSA[1], “a obra foi originalmente projetada para a Casa do Baile (...) por encomenda de Juscelino Kubstheck”. Relata também, que “a escultura se insere no projeto modernista brasileiro, à medida que se aproxima da obra do arquiteto Oscar Niemeyer e do paisagista Burle Max”.

De acordo com Pessoa, "a  peça feita em bronze traz uma figura feminina que emerge das ondas que a tocam diretamente no braço esquerdo e nas duas pernas – região superior da coxa. A base parcialmente encaixada na região superior da coxa esquerda, não somente alonga a estrutura como suspende no ar a perna direita".(PESSOA, 2017, p. 99)

De forma estilizada, a escultura apresenta sinuosidade e volume em movimento contínuo. Convida o espectador a girar e apreciar todos os seus ângulos, além de poder ser tocada.

A escultura encontra-se em frente ao MAP, conforme informações do Portal São Francisco, "funcionou como cassino, o primeiro da cidade, até ser fechado em 1946, devido à proibição do jogo no país. Passou a funcionar como museu em 1957, quando era conhecido como Palácio de Cristal. Suas instalações possuem biblioteca, loja de souvenirs, café e salas de multimídia. O acervo do MAP é constituído de 900 obras” (Portal São Francisco, S/D).

O MAP foi o primeiro projeto de Niemeyer na Pampulha, influenciado pelos princípios de Le Corbusier. Os jardins de Burle Marx são uma homenagem ao verde tropical.

[1] Portal o Tempo, 21/12/2010.

O Nu



Legenda:
Artista: Augusto Zamoysky
Data:1943
Local: Museu de Arte da Pampulha - Avenida Otacílio Negrão de Lima, 16.585
Foto: Ale Megale



Escultura em bronze, construída em 1943, pelo artista polonês Augusto Zamoysky. De acordo com informações do Itaú Cultural (2019, ...)  "Em Nu, a jovem figura reclinada contempla o vazio, seu olhar desvia-se do espectador. No entanto, é preciso salientar que esse olhar classicizante de Zamoyski é um olhar moderno que, sobretudo no Brasil, encontra as manifestações do retorno à ordem, bastante significativas no campo da escultura local".

Mesmo com sua inclinação modernista, o artista participa das influências do retorno à ordem, isto é, da reação vanguardista pela recuperação da tradição e dos valores culturais nacionais.

Abraço



Legenda:
Artista: Alfredo Ceschiatti (1918-1989),
Data:1943
Local: Jardins do MAP
Fonte: foto acervo pessoal


Quase de tamanho natural, duas mulheres nuas, criadas em mármore, se abraçam num jardim de um museu público. Obra do artista Ceschiatti, que esteve junto do arquiteto Oscar Niemeyer nas obras do Complexo da Pampulha, como também, na construção de Brasília.

A Porta



Legenda:
Artista: Amilcar de Castro
Data:s/d
Local: Museu de Arte da Pampulha - MAP
Fonte: foto Ale Megale



De aço Corten, a obra de Amilcar de Castro elimina a base e se estende horizontalmente no solo, dialogando com a paisagem. Suas dobras tornam a geometria maleável e mais humana.

Amilcar Augusto Pereira de Castro foi escultor, gravador, desenhista, diagramador, cenógrafo e professor. Mudou-se com a família para Belo Horizonte em 1935, tendo estudado na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), de 1941 a 1945. A partir de 1944, frequentou o curso livre de Desenho e Pintura com Guignard, na Escola de Belas Artes de BH. Também estudou escultura figurativa com Franz Weissmann.

Efigie de Otacílio Negrão de Lima




Legenda:
Artista: Lêdo
Data: 1969
Local: Jardins da Praça Raul Soares
Foto: acervo pessoal

Sabe-se que a escultura é de caráter comemorativo. Está sob um pedestal e sua forma constitui-se de um grande volume, porém percebe-se um caminho pela superfície do bloco pelo aprofundamento de algumas partes, a fim de ressaltar os homenageados. Na frente, um rosto é sugerido e estabelece um diálogo com alguns padrões formais cuidadosamente realizado. Já na parte de traz, pode-se perceber, também, em alto relevo, a figura de um casal de mãos dadas, contrastando com outros elementos estéticos. Conforme Donis, A. (1991, p.108), “o contraste é uma força visível para a criação de um todo coerente”.

De acordo com Maria Helena de Rezende Costa, PBH, no Inventário dos Monumentos de Belo Horizonte, realizado pela BELOTUR em 2008, com a celebração da então Gestão de Patrimônio Histórico, o monumento trata-se de uma Efígie de Otacílio Negrão de Lima [...] em homenagem ao prefeito [...] por iniciativa do Diário de Minas. Foi inaugurado em 14 de julho de 1969, tendo à frente o Sr. Helvecio Ferreira de Andrade. A obra esculpida em três faces nas quais representados: Otacílio Negrão de Lima, o desenho da Igreja de São Francisco e de um guindaste com um menino e uma menina de mãos dadas numa menção ao fato de ter sido ele, o idealizador da Pampulha, de Venda Nova e da Cidade Industrial. Na obra encontrava-se ainda a assinatura do autor; Lêdo. O pedestal é de mármore preto e a placa era de bronze. Na placa havia o texto: A OTACÍLIO NEGÃO DE LIMA - HOMENAGEM DA CIDADE E DO "DIÁRIO DE MINAS" 14/07/49 - 14/07/69

Otacílio Negrão de Lima – (Nepomuceno/ MG, 1897), Engenheiro, integrou o corpo de engenheiros da Prefeitura de Belo Horizonte, ocupando a chefia do Serviço de Reforço do Abastecimento de Água. Criou o Serviço Social da Indústria (SESI), o Serviço Social do Comércio (SESC) e a Fundação da Casa Popular, tendo, também, baixado o ato que dispôs sobre a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC). Foi prefeito de Belo Horizonte de 1935 a 1938. Foi deputado federal, jornalista, tenente-coronel da Força Pública de Minas Gerais e chefe do Cadastro de Belo Horizonte. Lecionou arquitetura e urbanismo na Escola de Arquitetura de Minas Gerais. Publicou a lei e o serviço de hidrômetros de Belo Horizonte. Faleceu em Belo Horizonte no dia 27 de maio de 1960[1]

Pássaro



Legenda:
Artista: Paulo Lender
Data: 1980
Local: Av. Bandeirantes – Parque Julien Rien - Mangabeiras
Foto: Arquivo pessoal



A pedido de Paulo de Tarso, da Serviço de Prestação de Assistência Médico-Hospitalar S.A. (Serprem) e inspirado na paisagem montanhosa ali existente, a escultura foi criada e instalada no Parque Julien Rien, em 1980. O nome da obra: Pássaro, de acordo com o artista, surgiu como consequência da topografia montanhosa existente no lugar.

Homenagem às Vítimas da Ditadura



Legenda:
Artista:Tiago Belem
Data: 2013
Local: Av. Afonso Pena em frente à antiga sede do Dops - Delegacia de Segurança Pessoal e de Ordem Política e Social
Foto: Ale Megale



Conforme Carneiro e Mello[1], 58 mineiros foram mortos enquanto lutavam contra o regime no período da ditadura entre 1964 e 1985. Em homenagem a eles, um monumento foi erguido com o nome dos dissidentes, suas idades e a data da morte de cada um. Relatam que o nome mais famoso é o da estilista curvelana Zuleika Angel Jones, a Zuzu Angel, que morreu em 1976 enquanto fazia denúncias públicas sobre o desaparecimento do filho, Stuart Jones, perseguido pela ditadura. O monumento foi inaugurado pelo Secretário da Justiça na época, Paulo Abrão.

A escultura traz dobras e recortes que dialogam entre si. No centro, surge a forma de um losango que lembra a bandeira nacional e, em toda superfície que contorna o vazado, os nomes dos dissidentes:

1 – Abelardo Rausch Alcântara – 12 de fevereiro 1970 – Brasília
2 – Adriano Fonseca Filho– 28 de novembro de 1973 – Araguaia
3 – Alberto Aleixo – 07 de agosto de 1975 – Rio de Janeiro
4 – Antônio Carlos Bicalho Lana – 30 de novembro de 1973 – São Paulo
5 – Antônio Joaquim de Souza Machado – 15 de fevereiro de 1971- Rio de Janeiro
6 – Antônio dos Três Reis de Oliveira – 17 de maio de 1970 – Paraná
7 – Arnaldo Cardoso Rocha – 15 de março de 1973 – São Paulo
8 – Augusto Soares da Cunha – 01 de abril de 1964 – Governador Valadares
9 – Áurea Elisa Pereira Valadão – 13 de junho de 1974 - Araguaia
10 – Benedito Gonçalves – 20 de agosto de 1979
11 – Carlos Alberto Soares de Freitas – 15 de fevereiro de 1971 – Rio de Janeiro
12 – Carlos Antunes da Silva – 16 de janeiro de 1970 – Belo Horizonte
13 – Carlos Schirmer – 01 de maio de 1964 – Divinópolis
14 – Ciro Flávio Salazar Oliveira – 30 de setembro de 1972 Araguaia –
15 – Daniel José de Carvalho – 13 de julho de 1974 – Paraná
16 – David de Souza Meira – 01 de abril de 1968 – Rio de Janeiro
17 – Devanir José de Carvalho – 07 de Abril de 1971 – São Paulo
18 – Eduardo Antônio da Fonseca – 23 de dezembro de 1971 – São Paulo
19 – Eduardo Collen Leite – Bacuri – 08 de dezembro 1970 – São Paulo
20 – Elson Costa – 15 de janeiro de 1975 – São Paulo
21 – Feliciano Eugênio Neto – 29 de setembro de 1976 – São Paulo
22 – Geraldo Bernardo da Silva – 17 de julho de 1969 – Rio de Janeiro
23 – Getúlio de Oliveira Cabral – 29 de dezembro de 1972 – Rio de Janeiro
24 – Gildo Macedo Lacerda – 28 de Outubro de 1973 – Recife
25 – Guido Leão – setembro de 1979 – Betim
26- Hamilton Pereira Damasceno – fevereiro de 1972 – Rio de Janeiro
27 – Helber José Gomes Goulart – 16 de julho de 1973 – São Paulo
28 – Hélcio Pereira Fortes – 28 de janeiro de 1972 – São Paulo
29 – Idalísio Soares Aranha Filho – 12 de julho 1972 - Araguaia
30 – Itair José Veloso – 25 de maio de 1975 – São Paulo
31 – Ivan Mota Dias – 15 de maio de 1971- Rio de Janeiro
32 – Jeová Assis Gomes – 09 de janeiro de 1972 – Goiás
33 – João Batista Franco Drummond – 16 de outubro de 1976 – São Paulo
34 – João Bosco Penido Burnier – Padre – 11 de outubro de 1976 – Goiânia
35 – Joel José de Carvalho – 13 de julho de 1974
36 – José Carlos Novaes da Mata Machado – 28 de outubro de 1973 – Recife
37 – José Júlio de Araújo – 18 de agosto de 1972 – São Paulo
38 – José Maximino de Andrade Netto – 18 de agosto de 1975 – São Paulo
39 – José Toledo de Oliveira – 21 de setembro de 1972 – Araguaia
40 – Juarez Guimarães de Brito – 18 de abril de 1970 – Rio de Janeiro
41 – Lucimar Brandão Guimarães – 31 de julho de 1970 – Belo Horizonte
42 – Maria Auxiliadora Lara Barcelos – 01 de junho de 1976 – Alemanha
43 – Nativo Natividade de Oliveira – 23 de outubro de 1985 – Goiás
44 – Nelson José de Almeida – 11 de abril de 1969 – Teófilo Otoni
45 – Oracílio Martins Gonçalves – 30 de julho de 1979
46 – Orlando da Silva Rosa Bomfim Júnior – 08 de outubro de 1975 – São Paulo
47 – Osvaldo Orlando da Costa – abril de 1974 – Araguaia
48 - Otávio Soares Ferreira da Cunha – 04 de abril de 1964
49 – Paschoal Souza Lima – 30 de março 1964 – Governador Valadares
50 – Paulo Costa Ribeiro Bastos – 11 de Julho de 1972 – Rio de Janeiro
51 – Paulo Roberto Pereira Marques – dezembro 1973 – Araguaia
52 – Pedro Alexandrino Oliveira Filh – 04 de agosto de 1974 – Araguaia
53 – Raimundo Eduardo da Silva – 05 de Janeiro de 1971 – São Paulo
54 – Raimundo Gonçalves de Figueiredo – 28 de abril de 1971 – Recife
55 - Rodolfo de Carvalho Troiano – Araguaia – 12 de janeiro 1974
56 – Walquíria Afonso Costa – Araguaia – 25 de dezembro de 1974
57 - Walter de Souza Ribeiro – Araguaia – 03 de abril 1974
58 – Zuleika Angel Jones – Zuzu Angel – 14 de abril de 1976 – Rio de Janeiro


[1] Jornal Estado de Minas – Política, postado por Alexandre Carneiro e Alessandra Mello em 25/05/2013 14:51

“Memorial dos Herois”



Legenda:
Artista: Robson Emerick de Azevedo
Data: 2018
Local: entrada principal da Academia de Bombeiros Militares – ABM - Rua Piauí, 1815
Foto: Ale Megale

Homenagem aos bombeiros militares do Corpo de Bombeiros do Estado de Minas Gerais que morreram no cumprimento da lei. De acordo com a publicação feita pela Corporação (CBMMG, 2018), foram 53 bombeiros que morreram em atuação.

O “Memorial dos Herois” tem a finalidade de imortalizá-los. O idealizador do projeto, Robson Emerick de Azevedo, “buscou representar a grandiosidade da bravura desses herois “, em uma chapa de aço corten, utilizando de formas geometrizadas para representar os elementos, descritos por ele, como “essenciais à sobrevivência humana: água, ar, fogo e terra”.

A base é de granito e recebe uma torre de extremidade assimétrica com placas em aço inox, com os nomes dos militares e as datas que sucumbiram na atividade de bombeiro militar desde o ano de 1930, data do primeiro óbito. Ainda, de acordo com a reportagem: Corpo de bombeiros inaugura o Memorial dos heróis, 2018, o Coronel do Corpo de Bombeiros, Edgar Estevo da Silva, além de destacar a importância do memorial para a história da Corporação, decretou também, o “Dia do Herois”, celebrado no dia 04 de julho.

Frase inscrita no memorial: “Eles combateram o bom combate em alma e coragem. Seus exemplos incendeiam os corações dos companheiros que ficaram”.

Conforme Donis A. (1991, p.198), “a essência da escultura consiste no fato de ser construída com materiais sólidos e existir em três dimensões”, assim, pode ser tocada e vista por vários ângulos. Na obra, é possível perceber a tenuidade entre a bi e a tridimensão, isto é, ao mesmo tempo que se apresenta no espaço real, ainda guarda princípios formais da bidimensão.

Construída em chapa de ferro que se alonga no sentido vertical, formas circulares e vazadas “descrevem” sua organização no espaço promovendo uma sensação de leveza.

Monumento à Paz



Legenda:
Artista: Ricardo Carvão Levy
Data: 1924
Local: Praça Israel Pinheiro – Praça do Papa
Foto: Bruno Rivelli

A Praça Israel Pinheiro, mais conhecida como Praça do Papo, está localizada no bairro Mangabeiras, um dos locais mais altos da cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. Situa-se próxima à base da Serra do Curral, ao final da Avenida Agulhas Negras e a mais de 1.100 m de altitude. O nome da praça se deve ao Papa João Paulo II por ocasião da sua primeira visita à cidade, no dia 1º de julho de 1980.

Em 1983, foi erguido o ‘Monumento da Paz”, com uma missa assistida por quatro mil pessoas, construído numa parceria entre os governos municipal e estadual e a Cúria Metropolitana, após sua aprovação pela Câmara Municipal de Belo Horizonte.

O “Monumento da Paz” foi uma criação do artista plástico Ricardo Carvão Levy, escolhido após concurso. É uma estrutura de 92 toneladas, medindo 24 metros de altura, 10 metros de comprimento e 2 metros de largura. Constitui-se de três chapas de aço, sendo duas em forma triangular e a terceira como retângulo.

Na parte superior, que aponta para o alto, representa a fé em Deus, e a parte inferior, a benção de Deus. A parte que divide os dois lados simboliza a paz celestial e o equilíbrio entre as duas forças. Ao lado, uma cruz foi erguida simbolizando a cristandade.

Marco Cívico



Legenda:
Artistas: André de Paula Abreu, Ana Cristina Lazarini Ávila, Gustavo Rocha e Humberto Pedercini
Data: 1997
Local: Praça da Bandeira
Foto: Ale Megale


Marco Cívico de Belo Horizonte, construído na Praça da Bandeira, em 1997, ano da comemoração do Centenário de Belo Horizonte. A praça foi redesenhada com o objetivo de consolidar o local como o marco cívico de Belo Horizonte. Criou-se então, a cerimônia de troca da Bandeira, realizada mensalmente.

Tigre I e Tigre II




Legenda:
Artista: desconhecido
Data: 1924
Local: Museu Artes Ofícios – Praça Rui Barbosa
Foto: Bruno Rivelli

Os Tigres fazem parte dos primeiros monumentos: “as estátuas Tigres e Leões”, instalados em 4 de setembro de 1906, por ocasião da inauguração da Praça Rui Barbosa. A praça passou por uma reforma radical e reinaugurada em 1926.

Uma das lembranças da gestão do prefeito Dr. Flávio dos Santos em 1926 é constituída nos trabalhos de escultura, representando dois tigres e dois leões, ambos em mármore branco e colocados nos jardins, estilo francês dos anos 20, na Praça Rui Barbosa.

Posteriormente, as estátuas foram doadas ao Jardim Zoológico e, em seguida, passaram a integrar o acervo do Museu de Artes e Ofícios. Foram tombadas em âmbito estadual e municipal, pelo IEPHA e pela Gerência de Patrimônio Histórico de Belo Horizonte, respectivamente.

Os Tigres e Leões foram esculpidos por Antônio Folini, em mármore branco, material utilizado também no pedestal.

Leão I e Leão II




Legenda:
Artista: Antônio Folini
Data: s/d
Local: Praça Rui Barbosa
Foto: Bruno Rivelli


Os dois leões fazem parte dos primeiros monumentos, “as estátuas Tigres e Leões”, que foram instaladas em 1906, por ocasião da inauguração da Praça Rui Barbosa. A construção da praça teve início em 1904 e, dessa época, destacam-se até hoje, nos jardins, os dois leões em mármore, encomendados ao artista belga Folini. 

De acordo com informações da CAU/BR, "a Praça da Estação pode ser considerada o ponto de ignição da cidade planejada de Belo Horizonte, seu primeiro espaço histórico. Em 1897, data da fundação da cidade, todos os novos moradores e trabalhadores chegavam pela estação de trem, tornando a praça adjacente uma espécie de porto seco. Este local foi o núcleo urbano inicial da nova capital das Minas Gerais" (CAU/BR, S/D).

A praça passou por uma reforma e foi reinaugurada em 1926. As estátuas Tigres e Leões, datadas de 1906, foram incorporadas à praça Rui Barbosa por ocasião da inauguração. Hoje, as estátuas, que estão expostas na praça, são réplicas. As originais podem ser vistas no Museu de Artes e Ofício, nesta mesma Praça e no Iepha.

Tigre



Legenda:
Artista: Antônio Folini
Data: 1906
Local: Praça Rui Barbosa – Museu Artes e Ofícios
Foto; Bruno Rivelli



O Tigre é parte dos primeiros monumentos: “as estátuas Tigres e Leões”, que foram instalados em 1906, por ocasião da inauguração da Praça Rui Barbosa.

A praça passou por uma reforma e reinaugurada em 1926. Nessa transição, as estátuas foram doadas ao Jardim Zoológico e, em seguida, passaram a integrar o acervo do Museu de Artes e Ofícios, sendo tombadas em âmbito estadual e municipal, pelo IEPHA e pela Gerência de Patrimônio Histórico de Belo Horizonte, respectivamente. 

Os Tigres e Leões foram esculpidos por Antônio Folini, em mármore branco, material utilizado também no pedestal.

Outono



Legenda:
Artista: Desconhecido
Data: s/d
Local: Praça Rui Barbosa - Praça da Estação
Foto: Bruno Rivelli


Outono é uma das esculturas do grupo ‘Quatro Estações” de autor desconhecido. De acordo com Werneck, "a peça está sob guarda do Iepha, em sua sede na Praça da Liberdade. A peça foi restaurada, depois de desaparecida, pichada e quebrada. Em mármore branco, com altura de 1,38m, 39 cm de largura e 36 cm e profundidade. Retrata a figura de jovem com cachos de uvas nas mãos. Originalmente, ficava na Praça da Estação. Datada do início do século e de autor desconhecido. Tombada pelo município em 1998". WERMECK, 2012 S/P

Trata-se de uma jovem carregando cachos de uva, realizada em mármore de Carrara, é considerada símbolo de Belo Horizonte. Foi esculpida no final do século XX.

Ninfa I e Ninfa II









Legenda:
Artista: Antônio Folini
Data: 1926
Local: Praça Rui Barbosa - Praça da Estação
Fotos: Bruno Rivelli



As duas Ninfas são parte do conjunto arquitetônico da Praça Rui Barbosa. Ambas estão colocadas sob pedestais de mármore e dentro de um lago projetado por Roberto Magno de Carvalho, por ocasião da reforma paisagística da praça em 1924.

Em 1995, em razão de vandalismo, as estátuas foram recolhidas pelo Iepha/MG. Atualmente, as estátuas que compõem a ornamentação da praça são réplicas das originais.

Inverno



Legenda:
Artista: Desconhecido
Data: final do século XX
Local: Praça Rui Barbosa
Foto: Bruno Rivelli



Criada em mármore branco, a escultura mede 1,36m de altura, 39cm de largura e 34cm de profundidade. Retrata um velho encoberto por um manto. A escultura, tombada pelo município em 1998, está sob a guarda do Iepha,

É a única figura masculina do conjunto “Quatro Estações”, isto é, Outono, Inverso, Primavera e Verão que durante o período de 1926 a 1960 permaneceram juntas. Devido degradação o grupo das esculturas foram separados e colocadas em outros pontos da cidade.

Progresso



Legenda:
Artista: José Moreira
Data: 1926
Local: Escola Estadual Pedro II Avenida Professor Alfredo Balena, 523, Santa Efigênia
Foto: Bruno Rivelli



A Escola Estadual Pedro II, onde encontra-se a  escultura, foi projetada pelo arquiteto Carlos Santos, inaugurada em 1926 e tombada em 1982.

De caráter decorativo, a escultura exibe sua cabeça ligeiramente voltadas para o lado, corpo que descansa sobre uma cadeira, remetendo à ideia de serenidade. 

Conforme Santos (1999), “a existência de uma estátua depende dos sentidos que lhe são atribuídos”.

As estátuas Progresso, foi criada pelo escultor Júnior Moreira e inaugurada no dia 02/09/1926, data da inauguração do antigo Grupo Escolar Pedro II, hoje Escola Estadual Pedro II. 

A estátua representa o progresso e apresenta, na mão direita, a tocha e uma roda dentada colocada de encontro ao corpo pelo braço esquerdo. 

Na base do pedestal da  estátua, há uma placa de bronze, homenageando o presidente Mello Vianna, com uma de suas frases sobre educação e a outra relacionada à construção da escola.

Instrução



Legenda:
Artista: José Moreira
Data: 1926
Local: Escola Estadual Pedro II Avenida Professor Alfredo Balena, 523, Santa Efigênia
Foto: Bruno Rivelli


A Escola Estadual Pedro II, onde encontra-se a escultura, foi projetada pelo arquiteto Carlos Santos, inaugurada em 1926 e tombada em 1982.

De caráter decorativo, a escultura exibe sua cabeça ligeiramente voltadas para o lado, corpo que descansa sobre uma cadeira, remetendo à ideia de serenidade. 

Conforme Santos (1999), “a existência de uma estátua depende dos sentidos que lhe são atribuídos”.

A estátua Instrução, foi criada pelo escultor Júnior Moreira e inauguradas no dia 02/09/1926, data da inauguração do antigo Grupo Escolar Pedro II, hoje Escola Estadual Pedro II.

A estátua, representa a instrução e tem junto aos pés, um globo. Na mão direita um livro e uma pena.

Na base do pedestal das estátua, há placa de bronze homenageando o presidente Mello Vianna, com uma de suas frases sobre educação e a outra relacionada à construção da escola.

Hugo Werneck



Legenda:
Artista: H.C. Mello
Data: 1940
Local: Praça Hugo Werneck – Santa Efigênia
Foto: Bruno Rivelli


O busto de Hugo Werneck, feito em bronze sob um pedestal de mármore, foi erguido por iniciativa do Sindicato dos Médicos de Belo Horizonte. A inauguração se deu em 19 de março de 1940.

Hugo Furquim Werneck, nasceu no Rio de Janeiro - RJ, 1878, falecendo em 1935. Formou-se em medicina no Rio de Janeiro, em 1900. Foi diretor Clínico da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, participou da fundação da Faculdade de Medicina de Minas Gerais e em 1929, fundou o Sanatório Hugo Werneck, além de ter exercido mandatos como deputado estadual e federal. 

Foi um dos grandes ambientalistas do país, sendo ainda referência no tema. Criou a ONG Centro para Conservação da Natureza de Minas Gerais e a Faculdade Biodiversista. Foi, também, presidente da Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte[1].

[1] Revista Encontro, número 166, pg.48, março 2015,

Kalil Gibram



Legenda:
Artista: Gilberto Mandarino
Data: 1991
Local: Rua da Bahia - Praça - em frente à Casa de Cultura Fiat
Foto: acervo proprio


A homenagem à comunidade libanesa foi feita por meio do busto, em bronze, de Kalil Gibram (1883-1931). Com pedestal de granito e uma placa de cobre, com o desenho de um cedro, árvore símbolo do Líbano, dentro da imagem da árvore um texto, foi inaugurado no dia 12 de dezembro de 1991.

Kalil Gibram, nascido em Bicharre, no dia 6 de janeiro de 1883 e falecido em Nova Iorque, em 10 de abril de 1931, foi ensaísta, prosador, poeta, conferencista e pintor de origem libanesa. Seu livro mais conhecido foi “O Profeta”.

Monumento a Tamandaré



Legenda:
Artista: Desconhecido
Data: 1961
Local: Av. Álvares Cabral com rua Guajajaras
Fonte: acervo próprio


A Marinha Brasileira dou para a cidade, o monumento Almirante Tamandaré, que foi recebido pelo Prefeito Amintas de Barros, através da Lei nº 924, de 8 de junho de 1962.

A inauguração do busto, em bronze, foi no dia 10 de dezembro de 1962 e integrou as comemorações do 64º aniversário de Belo Horizonte e da Semana da Marinha. 

Conforme dados da Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha - DPHDM s/d, “O Almirante Joaquim Marques Lisboa, Marquês de Tamandaré, é o Patrono da Marinha do Brasil. Toda sua vida foi dedicada à Marinha, em períodos críticos da História do País”. Participou da formação do Brasil.

José Mendes Júnior



Legenda:
Artista: Desconhecido
Data: s/d
Local: Rua da Bahia Praça José Mendes Júnior (próximo ao Centro Cultural Casa Fiat e Minas Tênis Clube I)
Fonte: acervo particular


O busto de José Mendes Júnior (1900-1988) fundador do Minas Tênis Clube e do Grupo Mendes Júnior, foi construído em 1953, em homenagem ao desportista e ao engenheiro que tanto contribuiu para a modernização da engenharia brasileira.

Octaviano de Almeida



Legenda:
Artista: Jeanne Milde
Data: 1946
Local: Praça Hugo Werneck
Foto: Bruno Rivelli

O busto de Otaviano de Almeida, em bronze, da artista Jeanne Milde, foi inaugurado em 19 de setembro de 1946, por ocasião da passagem do sexto aniversário de morte do cientista mineiro.

A iniciativa surgiu entre seus ex-alunos e companheiros de trabalho e foi patrocinada pelo Sindicato dos Médicos, em cuja presidência se encontrava o Professor Jaime Werneck[1].

Otaviano de Almeida (1886-1940), formado em farmácia e medicina, foi cientista mineiro, nascido em Diamantina, Minas Gerais e professor na Faculdade de Medicina de Belo Horizonte.

Em 1933 e 1934, foi reitor da Universidade Federal do Estado de Minas Gerais - UFMG. Também presidiu a Sociedade de Medicina e Cirurgia do Hospital Militar[2].

[1] http://www.belohorizonte.mg.gov.br/local/atrativos-turisticos/obras-de-arte/busto- octaviano-de-almeida

[2] Revista Encontro,166 de março 2015 pg. 47

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Joaquim Mendes de Oliveira



Legenda:
Artista: Desconhecido
Data: s/d
Local: Rua Augusto de Lima esquina com Rua da Bahia
Foto: Bruno Rivelli


Joaquim Mendes de Oliveira (1879-1918). Poeta e jornalista foi um dos grandes representantes da poesia parnasiana. Destacou-se no meio jornalístico de Belo Horizonte, onde comandou a publicação de O Verbo, A Gazeta, Vida Mineira e Diário Mineiro[1].

[1] Revista Encontro,166 de março 2015 pg. 47

José Rodrigues Sette Câmera



Legenda:
Artista: Leonardo de Lima
Data: 1959
Local: Afonso Arinos s/n – centro (Av. Joao Pinheiro com Augusto de Lima)
Foto: Bruno Rivelli

José Rodrigues Sette Câmara 1885-1957, foi um dos grandes nomes da vida forence da capital mineira, ocupando a chefia de departamento jurídico da prefeitura (1925-1951). Criminalista de destaque, tornou-se presidente do Conselho Penitenciário do Estado (Revista Encontro, 2015, n° 166, março, p.48).

Conforme informação postada no site, Belo Horizonte Surpreendente, a ideia de colocar um busto, em bronze, para homenagear José Rodrigues Sette Câmara, nas proximidades da Praça Afonso Arinos, foi efetivada através da Lei n° 812, de 9 de dezembro de 1959, quando o Prefeito, Amintas de Barros, aceitou a doação feita pela comissão promotora da homenagem, integrada pelo Presidente Juscelino Kubitscheck e pelo governador Bias Fortes que ocupavam a presidência de honra da comissão e pelo jornalista Hélio Vaz de Mello, diretor da sucursal do jornal "O Globo", presidente efetivo da comissão e pelo secretario, vereador João Batista Alves dos Reis.

Bernardo Guimarães




Legenda:
Artista: Rodolfo Bernadelli
Data: 1914
Local: Praça da Liberdade s/n
Fonte: Ale Megale



Busto realizado em bronze, retrata com fidelidade o ilustre Bernardo Guimarães. Erguido na Praça da Liberdade, a obra do escultor Rodolfo Bernardelli foi inaugurada em 5 de fevereiro de 1914.

Bernardo Guimarães nasceu em Ouro Preto, Minas Gerais, em 15 de agosto de 1825 e faleceu em março de 1884. Atuou como magistrado, jornalista, professor e foi um importante romancista e poeta brasileiro da segunda metade do séc. XIX.

Ocupou a cadeira de número 5 da Academia Brasileira de Letras. Foi colocada uma lápide no pedestal do monumento, em comemoração ao centenário do escritor, ocorrido a 15 de agosto de 1925[1].

Em 1875, publicou o romance A Escrava Isaura que o tornou identificado com a campanha abolicionista[2].




[1] Belo Horizonte Surpreendente. http://portalbelohorizonte.com.br/o-que-fazer/arte-e-cultura/obras-de-arte/busto-de-bernardo-guimaraes

[2] Revista Encontro de número 166, março 2015, pg.47.

Senador Júlio Bueno Brandão



Legenda:
Artista: João Scuotto
Data:1958
Local: Praça da Liberdade s/n
Fonte: Ale Megale

Busto do Senador Júlio Bueno Brandão, criado em bronze, de autoria de João Scuotto, foi esculpido em 1958, medindo 70 cm. O pedestal em que está é de granito da Tijo, na cor cinza, tem 1,70 de altura.

O Senador Júlio Bueno Brandão, de Ouro Fino, Minas Gerais, nasceu no dia 11 de julho de 1858. Atuou como magistrado, advogado e jornalista. Na carreira política, foi deputado estadual, senador federal e vice-presidente da República na vaga aberta com a morte de Delfim Moreira, no decorrer do governo de Epitácio Pessoa. 

Destacou-se pela expansão da rede pública de ensino pela criação de escolas em diversas cidades mineiras, do aumento da malha ferroviária do Estado, da adoção de políticas de incentivo à imigração e ao povoamento de núcleos coloniais, à reforma administrativa e à execução do projeto de desenvolvimento regional e municipal.

Jornalista Azevedo Júnior



Legenda:
Artista: Antonino Pinto de Matos
Data:1923
Local: Praça da Liberdade s/n
Foto: acervo próprio


O busto, de bronze sobre pedestal de granito, do jornalista Azevedo Júnior, foi criado pelo artista plástico Antonino Pinto de Matos. Instalado na Praça da Liberdade por  Mendes de Oliveira, Fidelis Reis, Afrânio de Mello Franco, Estevam de Oliveira, uma iniciativa da Academia Mineira de Letras e inaugurado em 22 de abril de 1923.

Azevedo Júnior, considerado um dos maiores defensores dos movimentos históricos da abolição e da República, nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 1865 falecendo no ano de 1909. Passou a maior parte da sua vida no Estado de Minas Gerais. Jornalista e diretor do jornal, ˮA Capital”, desde 1896, também foi redator do Diário de Minas e do jornal de Belo Horizonte. Dedicou-se ao magistério e à imprensa, tendo reformado completamente o jornalismo mineiro[1].

[1] Revista Encontro,166 de março 2015 pg. 47.

Dom Pedro II



Legenda:
Artista:
Data:1927
Local: Jardim da Praça da Liberdade
Foto: acervo próprio

Localizado na ala esquerda do jardim da Praça da Liberdade, nas proximidades do Palácio, o busto de D. Pedro II, feito em bronze sobre um pedestal com trabalho em cantaria (método de construção em pedra), foi erguido pela Sociedade Mineira de Belas Artes, em homenagem ao centenário de nascimento do Imperador.

De nome bem extenso, Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga, conhecido por Dom Pedro II, nasceu no Brasil, em 2 de dezembro de 1825, e faleceu em Paris, em 1891.

Durante o segundo reinado, Pedro II conseguiu consolidar a unificação do Brasil e o país saiu vitorioso em conflitos como a Guerra do Paraguai.

O fim do império foi decretado com o golpe de estado da República, em 1889.

Chrispim Jacques Bias Fortes



Legenda:
Artista: Desconhecido
Data: 1957
Local: Praça da Liberdade s/n
Fonte: Bruno Rivelli


Chrispim Jacques Bias Fortes, Nascido em Barbacena, Minas Gerais (1877- 1917). Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, foi deputado, senador e governador do Estado de Minas Gerais, entre os anos 1894 a 1898. Em seu mandato de governador oficializou a instalação da nova capital de Minas Gerais e foi responsável pela mudança da capital da cidade de Ouro Preto para Belo Horizonte. Representado por um busto em bronze, sobre um grande pedestal em mármore cinza, a homenagem feita pelo Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, foi inaugurada em 12 de dezembro de 1957, como parte das comemorações do 60º aniversário de Belo Horizonte[1]


[1] Revista Encontro de número 166, março 2015, pg.47.

Monumento aos Fundadores e Construtores de Belo Horizonte



Legenda:
Artista: Hildegardo Leão Veloso
Data: 1963
Local: Parque Municipal – Av. Afonso Pena - Centro
Foto: Bruno Rivelli


O Monumento aos Fundadores e Construtores de Belo Horizonte está localizado no Parque Municipal, na Av. Afonso Pena. O monumento foi planejado pelo Vereador Geraldo Portes que, no dia 27 de setembro de 1957, deu entrada a um projeto de lei, na Câmara Municipal de Belo Horizonte, com o intuito de que fosse feito na capital, um monumento em memória dos fundadores e construtores de Belo Horizonte.

O Projeto de Lei nº 103/57 sofreu algumas emendas, foi votado e aprovado e a redação final ficou a cargo do Dr. Raul Pedreira Passos. A autorização para a construção do monumento foi sancionada pelo prefeito Celso Mello de Azevedo, através da Lei nº 672, de 21 de dezembro de 1957. Mas, somente na gestão do prefeito Amintas de Barros, o projeto do monumento proposto foi executado, sendo que o art. 4º referente à concorrência pública não prevaleceu e o próprio prefeito organizou e convocou uma comissão encarregada da construção, composta, entre outros, por Djalma Andrade e Marco Matosche.

O grupo de esculturas foi composto por formas realistas, isto é, o registro real, representadas pelos bustos do governador Augusto de Lima, que propôs a mudança da capital de Ouro Preto para BH; de Afonso Pena, que oficializou a construção da nova capital; de Bias Fortes, governador que a inaugurou; e de Aarão Reis, engenheiro construtor da cidade.

A seguir, uma breve explicação das personalidades que compõem o grupo de esculturas:

Antônio Augusto de Lima, nascido em Nova Lima - MG, 1858-1934. Formou-se em Direito, destacou-se na área de Letras e Política. Foi membro da Academia Brasileira de Letras, sendo eleito seu presidente em 1928. Na carreira política, como governador provisório, transferiu a capital mineira de Outro Preto para Belo Horizonte e foi eleito deputado Federal em 1906.

Afonso Augusto Moreira Pena, nascido em Santa Bárbara - MG, 1847-1909. Formou-se em Direito, exerceu mandatos de deputado pelo Estado de Minas Gerais, ocupou alguns ministérios como da Guerra; Agricultura; Comércio; Obras Públicas e da Justiça. Foi o primeiro governador de Minas Gerais a ser eleito pelo voto direto. Também senador, depois, presidente da república, entre 1906 a 1909. 

Chrispim Jacques Bias Fortes nasceu em Barbacena - MG, 1847-1917. Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, foi deputado, senador e governador do Estado de Minas Gerais, entre os anos 1894 a 1898. Em seu mandato de governador, oficializou a instalação da nova capital de Minas Gerais – Belo Horizonte

Aarão Leal de Carvalho Reis nasceu em Belém do Pará - PA, 1853-1936. Formou-se em Ciências Físicas e Matemáticas, foi ministro da Fazenda, além de ocupar o lugar de engenheiro-chefe na construção da nova capital mineira.

Afonso Arinos



Legenda:
Artista:Celso Antônio de Menezes
Data: 1929
Local: Rua Alvares Cabral
Foto: Bruno Rivelli


Afonso Arinos de Melo Franco (1868/1916), advogado, contista, romancista, professor de História do Brasil, nasceu em Paracatu, MG. Foi um dos fundadores da Faculdade de Direito de Minas Gerais, onde lecionou Direito Criminal.

Com vários trabalhos publicados na Revista Brasileira e na Revista do Brasil, foi convidado por Eduardo Prado para assumir, em 1897, a direção do Jornal Commércio de São Paulo. Em 1901, foi eleito sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

Em homenagem ao escritor Afonso Arinos, foi criado, por Celso Antônio de Menezes, um monumento da imagem acima, que se constitui de uma coluna de granito, de 2,10 m de altura e 65 cm de largura em cada lado. No topo da coluna central, enfatiza-se, em baixo-relevo, um medalhão com o retrato do autor de “Buriti Perdido”, um dos poemas de Afonso Arinos.

Conforme Nieto (2018): "o paracatuense Afonso Arinos foi o segundo ocupante da cadeira 40 da Academia Brasileira de Letras, foi eleito em 31 de dezembro de 1901, na sucessão de Eduardo Prado, e recebido em 18 de setembro de 1903 pelo acadêmico Olavo Bilac. Recebeu o acadêmico Artur Jaceguai", (NIETTO, 2018 S/N) 

A base de monumento, em granito, tem 28 cm de altura com extensão de 1,50 cm. O baixo-relevo, com o retrato de Afonso Arinos, mede 50 cm de altura e 35 cm de largura. Em cada um dos lados da coluna, o artista explorou um dos símbolos mais famosos da obra de Afonso Arinos: o buritizeiro solitário. A obra foi inaugurada no dia 01 de agosto de 1929.

Milton Soares Campos



Legenda:
Artista: Alfredo Ceschiatti
Data: s/d
Local: Praça Miltom Campos s/n Cruzeiro
Foto: Bruno Rivelli

Nasceu em Ponte Nova, em 16 de agosto de 1900. Formou-se em Direito e iniciou sua carreira política em 1933. Foi Governador de Minas Gerais (1947-1951) e Ministro da Justiça no governo Castelo Branco (1964-1965).

Essa homenagem feita ao homem público em estátua de bronze, sobre um pedestal de mármore, do artista plástico Alfredo Ceschiatti, tem 3 metros de altura, em sua totalidade e pesa, aproximadamente, 800 quilos. Foi modelada e fundida em partes, separadamente: cabeça, tronco, quadril e coxa, panturrilha e pernas e depois soldadas, consolidando-se em uma só peça.
Com a alteração do trânsito na Avenida Afonso Pena, pelo projeto Pace, o monumento foi retirado do canteiro central, restaurado pelo professor da UFMG, Fabrício Fernandino, em junho de 1999, e transferido para o passeio lateral no entroncamento entre Av. Afonso Pena e av. do Contorno.

De forma realista e com um pequeno deslocamento das pernas, a estátua explora sua naturalidade, contrapondo-se com o efeito de segregação, proveniente do elevado pedestal, o que na corrente das esculturas tradicionais leva a um certo distanciamento do observador, colocando a pessoa retratada num patamar de heroísmo, de magnitude.

Juscelino Kubitschek de Oliveira



Legenda:
Artista: Vilma Noel
Data: 1992
Local: Parque Ecológico do Sion, Parque JK, final da Av. Bandeirantes
Fonte: foto acervo particular

Estátua de bronze, sob um pedestal de mármore, tem, em sua extensão total, três metros de altura. Foi criada pela artista Vilma Noel e representa, de forma realista, o grande líder do desenvolvimento mineiro e nacional.

A homenagem foi feita pelo Banco do Desenvolvimento de Minas Gerais S/A, em comemoração aos seus 90 anos, por intermédio do BDMG Cultural, em 28 de novembro de 1992.

Conforme Teixeira (2008), apud Brant 2015, SP, “as estátuas são consideradas verdadeiros objetos de arte que dialogam com a cidade, e cada uma delas guarda em si pedaços da história do lugar”.

Juscelino Kubitschek de Oliveira, mais conhecido como JK, nasceu em Diamantina, em 190, Foi médico e político de carreira. Na década de 40, Juscelino tomava posse como novo prefeito de Belo Horizonte, no dia 18 de abril. Sua meta era promover o progresso em tempo recorde.

Conforme descrito no Portal São Francisco: "a infraestrutura adotada pelo novo prefeito, levou a construir o que viria a ser um marco na economia e na indústria e colocaria Belo Horizonte em pé de igualdade com as grandes cidades brasileiras: a cidade Industrial. Juscelino Kubistchek contratou um jovem recém-formado arquiteto, Oscar Niemeyer, para desenvolver um projeto urbanístico para a lagoa da Pampulha. Logo aprovado. O projeto constava de quatro obras: a Igreja Francisco de Assis, a Casa do Baile, o Cassino e o Iate Clube" (PORTAL SÃO FRANCISCO, S/D).

Foi o 20º presidente do Brasil entre os anos de 1956 e 1961. Um dos seus grandes feitos, a construção de Brasília, marcou a transferência da capital federal, até então no Rio de Janeiro, em 21 de abril de 1960.

Murilo Rubião - Encontro Marcado



Legenda:
Artista: Leo Santana
Data: 2017
Local: Entrada da Biblioteca Pública Estadual Professor Luiz de Bessa – Praça da Liberdade
Foto: Bruno Rivelli

Imortalizado pelo artista plástico Leo Santana, a estátua de Murilo Rubião, jornalista e escritor, foi instalada em frente à Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, no Circuito Liberdade, em comemoração ao seu centenário. Conforme Oliveira (2017, S/P) “O secretário de Estado de Cultura, Ângelo Oswaldo, destaca a força da figura do escritor homenageado nos dias atuais”.

De bronze e em tamanho real, Murilo Rubião é retratado de terno e, com pisadas marcantes, insinua um caminhar em direção dos já homenageados amigos escritores mineiros: Otto Lara Rezende, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e Hélio Pellegrino. Além disso, segura um exemplar do “Suplemento Literário de Minas Gerais”, publicação criada por ele há mais de 50 anos.

domingo, 26 de abril de 2020

Tiradentes - 3a Homenagem



Legenda:
Artista: Leo Santos
Data: 2014
Local: Praça da Assembleia - em frente ao Holl da Bandeira
Foto: acervo pessoal


Essa estátua é mais uma homenagem ao, Joaquim José da Silva Xavier, feita pela Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais por ocasião do feriado de 21 de abril, data de sua morte em 1792.
Joaquim José da Silva Xavier 1746/1792, nascido na Fazenda do Pombal, Minas Gerais, além de um dos representantes da Inconfidência Mineira, foi influenciador dos ideais de Independência do Brasil, o que o transformou em símbolo de liberdade. Consoante a essa informação, constante no Portal da Assembleia Legislativa de Minas Gerais – ALMG (2014), escreve, "buscava libertar Minas Gerais da dominação portuguesa e, inspirado pelos ideais iluministas da França e da Independência dos Estados Unidos, instituir a república na região. Foi condenado à morte, sentença cumprida em 21 de abril de 1792. Atualmente, Tiradentes é considerado o mártir da Inconfidência Mineira, patrono cívico do Brasil e patrono das polícias militares". (PORTAL ALMG, 2014)

O monumento foi criação do artista plástico Leo Santana. Realizado em bronze, com 180 kg e com 1,78 de altura, está localizado em frente ao Hall das Bandeiras da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

A forma da estátua é uma configuração do real. Conforme Gomes (2000), "a representação real dos objetos ou coisas de modo geral são os limites reais traduzidos pelos pontos, linhas, planos, volumes ou massa, ou seja, é um registro por meio de fotografias, ilustrações e pinturas figurativas, bem como, por meio de esculturas, estátuas, monumentos", (GOMES, 2000.p 46)

Na forma figurativa que representa Tiradentes, os curtos deslocamentos dos pés e o cruzamento dos braços nas costas deixam a escultura mais natural, atribuindo á estátua, um caráter mais sereno.

Tiradentes - 2a Homenagem




Legenda:
Artista: José Synfronini de Freitas Castro
Data: 1993
Local: Praça Mendes Júnior – em frente PMMG
Foto: Bruno Rivelli


Joaquim José da Silva Xavier, 1746/1792, nascido na Fazenda do Pombal, Minas Gerais, além de um dos líderes da Inconfidência Mineira, foi um dos representantes dos ideais de Independência do Brasil, cujo símbolo era liberdade. 

Segundo informações da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, 2014, a escultura foi criada pelo artista plástico José Synfronini de Freitas Castro, a partir de estudos realizados por coronéis historiadores da Polícia Militar de Minas gerais. 

Sobre essa representação Brant (2015), "traz o inconfidente sem barba e cabelo comprido. Segundo os historiadores, em época de execução pública, entendia-se que nada num condenado poderia esconder ou perturbar a imagem do instrumento do castigo (a forca), portanto, a vítima não poderia ser barbuda" (BRANT, 2016, [S.I.]

O estudo para a realização da estátua foi aprovado pelo Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, por parecer validado do ponto de vista estético e histórico.

A estátua expressa o conceito de representação do real, como Gomes (2000, 46), salienta: “a representação real dos objetos [...] são os limites reais traduzidos pelos pontos, linhas, planos, volumes ou massas, ou seja, é o registro por meio [...] de esculturas, estátuas, monumentos...”