quinta-feira, 30 de abril de 2020

Efigie de Otacílio Negrão de Lima




Legenda:
Artista: Lêdo
Data: 1969
Local: Jardins da Praça Raul Soares
Foto: acervo pessoal

Sabe-se que a escultura é de caráter comemorativo. Está sob um pedestal e sua forma constitui-se de um grande volume, porém percebe-se um caminho pela superfície do bloco pelo aprofundamento de algumas partes, a fim de ressaltar os homenageados. Na frente, um rosto é sugerido e estabelece um diálogo com alguns padrões formais cuidadosamente realizado. Já na parte de traz, pode-se perceber, também, em alto relevo, a figura de um casal de mãos dadas, contrastando com outros elementos estéticos. Conforme Donis, A. (1991, p.108), “o contraste é uma força visível para a criação de um todo coerente”.

De acordo com Maria Helena de Rezende Costa, PBH, no Inventário dos Monumentos de Belo Horizonte, realizado pela BELOTUR em 2008, com a celebração da então Gestão de Patrimônio Histórico, o monumento trata-se de uma Efígie de Otacílio Negrão de Lima [...] em homenagem ao prefeito [...] por iniciativa do Diário de Minas. Foi inaugurado em 14 de julho de 1969, tendo à frente o Sr. Helvecio Ferreira de Andrade. A obra esculpida em três faces nas quais representados: Otacílio Negrão de Lima, o desenho da Igreja de São Francisco e de um guindaste com um menino e uma menina de mãos dadas numa menção ao fato de ter sido ele, o idealizador da Pampulha, de Venda Nova e da Cidade Industrial. Na obra encontrava-se ainda a assinatura do autor; Lêdo. O pedestal é de mármore preto e a placa era de bronze. Na placa havia o texto: A OTACÍLIO NEGÃO DE LIMA - HOMENAGEM DA CIDADE E DO "DIÁRIO DE MINAS" 14/07/49 - 14/07/69

Otacílio Negrão de Lima – (Nepomuceno/ MG, 1897), Engenheiro, integrou o corpo de engenheiros da Prefeitura de Belo Horizonte, ocupando a chefia do Serviço de Reforço do Abastecimento de Água. Criou o Serviço Social da Indústria (SESI), o Serviço Social do Comércio (SESC) e a Fundação da Casa Popular, tendo, também, baixado o ato que dispôs sobre a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC). Foi prefeito de Belo Horizonte de 1935 a 1938. Foi deputado federal, jornalista, tenente-coronel da Força Pública de Minas Gerais e chefe do Cadastro de Belo Horizonte. Lecionou arquitetura e urbanismo na Escola de Arquitetura de Minas Gerais. Publicou a lei e o serviço de hidrômetros de Belo Horizonte. Faleceu em Belo Horizonte no dia 27 de maio de 1960[1]

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